Moderação do mercado no periodo 1999-2000, totalizando 21 milhões de contos no passado ano

A España constitue a origem e destino principal do comércio externo português de mobiliário de escritório

MODERAÇÃO DO MERCADO DE MOBILIÁRIO DE ESCRITÓRIO NO PERIODO 1999-2000, TOTALIZANDO 21 MILHÕES DE CONTOS NO PASSADO ANO

Madrid, 18 de abril de 2001.- Segundo o estudo elaborado pela empresa DBK, líder em Espanha em análise sectorial e de concorrência, o sector de mobiliário de escritório experimentou um processo de reactivação desde a segunda metade dos anos noventa, ligado à fase expansiva do ciclo económico, determinante dum forte crescimento do investimento e da renovação do equipamento empresarial. Nos anos 1999 e 2000, o mercado interno caracterizou-se pela moderação no ritmo de crescimento, registando taxas de variação de 7,5 e 4%, respectivamente, o que situou o volume de negócio nos 21 milhões de contos no fim do passado exercício.

Mercado

O sector de mobiliário de escritório registou na segunda metade dos anos noventa uma fase de recuperação, experimentando no entanto o mercado interno uma moderação no ritmo de crescimento durante 1999, de maneira que no fim desse exercício contabilizou 20,2 milhões de contos, 7,5% mais do que em 1998.

No ano 2000, calcula-se que esta tendência de moderação ter-se-à intensificado, ficando a taxa de variação do mercado pelos 4%, de maneira que as vendas de mobiliário de escritório em Portugal situariam-se à volta dos 21 milhões de contos no fim do passado ano.

O segmento de escritório geral representa aproximadamente 55% do valor do mercado; às cadeiras e ao mobiliário de direcção e semi-direcção correspondem participações na ordem dos 30 e 15%.

A actividade produtiva manteve no periodo 1997-99 uma evolução favorável ligada à positiva trajectória das exportações, e totalizou 22 milhões de contos no último exercício. As vendas portuguesas nos mercados externos atingiram 6,4 milhões de contos em 1999, com um crescimento anual de 12,3%, contrariamente às importações, as quais experimentaram nesse ano uma significativa desaceleração. A Espanha constitue a origem e destino principal do comércio externo português de mobiliário de escritório.

A venda directa é predominante entre as empresas de maior dimensão, e poderá atingir 60-70% do valor das vendas destas empresas no mercado português. Desde o ponto de vista geográfico, é de salientar a forte concentração da procura na zona de Lisboa/Vale do Tejo, a qual representa mais de 50% do valor do mercado.

Estrutura da oferta

Segundo o estudo “Mobiliário de Escritório” do programa “Sectores Portugal” da DBK, o sector agrupa umas 30 empresas fabricantes, que empregam aproximadamente 2.300 trabalhadores. A estrutura da oferta apresenta um considerável nível de concentração na zona norte e centro ocidental do pais – eixo Porto-Aveiro -, merecendo destaque também a Grande Lisboa.

O accionariado nacional é predominante na estrutura do capital das empresas, destacando no entanto a presença dalguns grupos multinacionais, como Haworth Steelcase Strafor, que dispõem de filiais produtivas em Portugal.

As cinco primeiras empresas no mercado interno, claramente lideradas por Haworth, tiveram em 1999 uma quota conjunta em valor de 52,1%.

Tendências

Num quadro de previsível melhora do mercado imobiliário de escritórios durante o ano 2001, o mercado de mobiliário de escritório poderá registrar un maior dinamismo neste exercício, com um crescimento na ordem dos 6%, o que elevaría o valor do mercado a 22 milhões de contos.

A baixa diferenciação dos produtos e a falta duma imagem de marca consolidada entre grande parte das empresas do sector, orientará as estrategias competitivas dos operadores para um progressivo reforço da diferenciação da oferta, através da modernização do design dos produtos e da diversificação dos materiais utilizados.

Fonte: Estudo Sectores Portugal da DBK: "Mobiliário de Escritório”.
Mais informação: DBK, S.A. Rosana Garcia Tfno: 00-34-91-435 99 11 e-mail: rgarcia@dbk.es Ver estudios sobre el Sector